Como estudar para a segunda fase da OAB 40º Exame

Após passar pelos anos de graduação, a expectativa do graduando em Direito é o exame da OAB. Afinal, apenas com ele você poderá ser inscrito na Ordem dos Advogados e atuar como advogado. A primeira etapa é composta por uma prova objetiva, de múltipla escolha, e o candidato deverá acertar pelo menos 50% das 80 questões, que envolvem 20 disciplinas.

Após passar na primeira fase, é hora de se preocupar, e preparar, para a segunda. Na segunda fase da prova, o foco é uma das 7 áreas específicas escolhida pelo candidato (civil, trabalho, penal, constitucional, administrativo, tributário ou empresarial). Ela é composta por uma peça prático-processual, que vale 5 pontos e geralmente é um enunciado de um problema prático. Esse tipo de questão pede que o candidato se comporte como um advogado atuante e adote a medida judicial cabível no caso hipotético apresentado. Além disso, a prova conta com 4 questões discursivas, nas quais o candidato deverá responder a questionamentos ou resolver uma situação-problema; cada uma vale 5 pontos. Para ser aprovado, o candidato terá que atingir nota igual ou superior a 6.  A seguir, daremos algumas dicas para você estudar e se sair muito bem na segunda etapa da prova. Confira!

Por onde começar?

Se você passou na primeira fase, deve ter utilizado algumas estratégias e sabe como elas são importantes. Nesse segundo momento, é essencial que você utilize novamente metodologias experimentadas que auxiliem no entendimento da prova, sua dinâmica e como se comportar diante dela, para obter os melhores resultados.

Em primeiro lugar, é importante fazer um cronograma de estudos. Para isso, você deve dividir a quantidade de dias e quantidade de assuntos na ordem correta, de modo a otimizar seu tempo e dar prioridade aos conteúdos mais relevantes. O Meu Curso dispõe de um cronograma específico para você estudar de forma organizada e potencializar seus resultados.

Como parte relevante da prova é a peça prático-processual, é fundamental que o candidato utilize uma metodologia capaz de auxiliar a identificar a peça processual correta, com os devidos fundamentos e pedidos. Na metodologia das peças-mestras, o Meu Curso orienta o candidato a conhecer o mapa das peças típicas e atípicas de cada área, com teses, linhas processuais e indicação de pedidos.

Além disso, no Meu Curso, o candidato aprende a responder questões objetivas, identificando o tema tratado no enunciado, as teses jurídicas relevantes e o fundamento jurídico que deverá ser colocado na resposta.

Uma técnica importante desenvolvida ao longo do curso é a de marcação do Vade Mecum. Na prova de segunda fase, é possível consultar a legislação para responder aos questionamentos. E o Vade Mecum — a consolidação das leis mais importantes — é um instrumento fundamental para que o candidato possa responder com precisão as questões e obter a pontuação necessária. Para isso, os professores do Meu Curso, especialistas em provas no formato da FGV, auxiliam os candidatos na marcação dos pontos mais importantes no Vade Mecum, facilitando a consulta na hora da prova.

Método eficiente

Usar um método eficiente faz toda diferença no resultado da aprovação. Ele deve envolver o conteúdo técnico, os treinos práticos, os exercícios para responder questões e as revisões estruturadas. Além disso, assistir à correção de provas anteriores é essencial para entender a dinâmica da banca e não ser surpreendido na hora da prova.

Na hora dos treinos, é essencial que o candidato realize simulados, é um instrumento fundamental para o candidato revisar o conteúdo estudado e entender a dinâmica prática da prova. No Meu Curso, temos pacotes de simulados corrigido pelos professores, com feedback individualizado, a partir da performance do aluno, além de correções por vídeos em outros simulados. Em nossa metodologia, temos também os estudos dirigidos, que levam o candidato a se aprofundar em alguns temas específicos exigidos na prova FGV.

Pensando na grande dificuldade que a prova apresenta, o Meu Curso criou as provas simuladas, que são aulas especiais nas quais o professor irá realizar, com acompanhamento dos alunos, uma prova simulada na íntegra, passo a passo, orientando como os simulados e a prova oficial devem ser feitos. Na metodologia Meu Curso, o candidato encontrará também a técnica das PPIS (perguntas poderosas de identificação), usadas na identificação da peça processual e da LPTP (leitura, problema, tema e pesquisa), usada na resolução das questões dissertativas. Além disso, ao longo do curso, o estudante terá acesso a plantões de dúvidas com os professores, para garantir que todas as dúvidas sejam sanadas.

Para finalizar essa jornada de preparação, o aluno terá imersões e aulões de revisão na véspera da prova, conhecidos como detona 2ª fase.

Como funciona a prova da segunda fase?

Composta por uma peça prático-processual, que vale 5 pontos, e por 4 questões dissertativas, em que cada uma vale 1.25, totalizando 5 pontos, o candidato precisa de uma nota igual ou superior a 6 pontos para ser aprovado. Isso significa que é necessário se sair bem tanto na peça quanto nas questões.

O candidato deve dar maior atenção à peça, por isso, a sugestão é começar sempre por ela, aplicando as PPIs e construindo um esqueleto na folha de rascunho. Não orientamos que o candidato faça a peça inteira na folha de rascunho porque isso pode causar uma grande perda de tempo vital para concluir o restante da prova.

Terminada essa parte, o candidato deve passar para as questões dissertativas e respondê-las na ordem proposta pelo enunciado. Se o candidato alterar a ordem, a questão poderá ser desconsiderada pela banca corretora.

Um ponto muito importante na prova é a letra do candidato. Poderá ser cursiva ou de forma, desde que seja legível. Se a letra for ilegível, o examinador pode desclassificar o candidato.

Na prova, são disponibilizadas 9 laudas, sugerimos 5 laudas para a peça e 1 para cada questão. Lembre-se que a prova é de caráter interdisciplinar, então, mesmo escolhendo uma área específica, alguns assuntos de outro campo podem cair na prova. Por isso, se atente ao material que você irá levar para a consulta.

Como fazer um bom rascunho?

Para passar na segunda fase, é essencial que você utilize boas técnicas, que serão definitivas para o seu sucesso. Elas são: interpretação, domínio do tempo, focar em peças-mestras, mapa de temas e legislação da prova.

Na hora de realizar um bom rascunho, utilize técnicas de PPIs para montar o seu esqueleto. Você deve marcar os índices fundamentais do seu Vade Mecum. Treine o uso do índice durante as aulas, navegue entre os índices de súmulas e remissivos. E o mais importante: escolha um vade com boas remissões, conforme as regras do edital; isso fará toda a diferença.

Para começar o seu rascunho, verifique qual a peça, quem é o cliente, qual é a fase processual, o que o cliente quer e por que, se é urgente a tutela a ser requerida e qual a competência. No esqueleto, divida a folha e utilize apenas uma metade. Na outra, inclua coisas que você pode ter esquecido. Então, comece com o endereçamento, preâmbulo e capítulos (fatos, direitos e pedidos). O que for esquecido deve ser adicionado ao lado. Você também poderá utilizar o rascunho como checklist enquanto passar a limpo.

Redação e raciocínio (tese)

Para o primeiro parágrafo, sempre comece com a relação jurídica. Depois, siga para legislação e jurisprudência (súmulas e OJs) utilizando seu Vade Mecum. Então, explique a sua tese e vincule com o caso concreto que você está tratando. Por fim, siga para a conclusão e para o pedido. Quanto mais objetiva forem sua peça e suas respostas, melhor. Não tente florear ou usar termos difíceis. O que será avaliado é o raciocínio jurídico.

O que é permitido e proibido na prova?

Eliminação e nota zero

  • Identificação na prova;
  • Nome da peça diferente;
  • Responder fora da ordem;
  • Não identificar os itens.

Material de consulta permitido

  • Todo o material contido no anexo III do edital do Exame de Ordem.

O que é proibido no material de consulta?

  • Post-it;
  • Anotações e riscos de caneta ou lápis no Vade Mecum;
  • Utilização de marcas ou símbolos que indiquem a estruturação de peças.

O que é permitido no material de consulta?

  • Clipes de diversas cores;
  • Marcadores de texto de diversas cores;
  • Textos sublinhados.

Cuidados que o candidato deve ter na prova

  • Redação para aprovação (coerência e coesão), com uso correto da norma culta;
  • Não usar os itens proibidos;
  • Letra legível;
  • Não identificação da prova;
  • Se tiver algum incidente durante a prova, pedir o registro em ata.

Metodologia das peças-mestras

Na prova você encontrará, basicamente, quatro peças:

  • Petição inicial;
  • Defesas;
  • Recurso (apelação, ordinário ou especial);
  • Petição simples.

Durante as aulas, os professores do Meu Curso vão te orientar a desenvolver essas estruturas de peças-mestras que funcionam para qualquer solução na peça prático-processual. Assista à aula a seguir e tire todas as suas dúvidas. Não deixe de conhecer nossos cursos para se preparar para a segunda fase da OAB!